[Abstract]
A presente tese investigou o efeito da magnitude e da probabilidade de punição na redução do comportamento corrupto, em situação experimental. Foi utilizado um jogo de computador que simulou o ato corrupto típico para a realização de dois experimentos, em que o participante deveria escolher entre duas alternativas: uma com reforçadores de menor magnitude porém nenhum risco de punição, e outra com reforçadores de maior magnitude, com punição manipulada nas condições experimentais.
O primeiro experimento buscou investigar o efeito da manipulação da probabilidade e da magnitude, com participantes universitários brasileiros e foi dividido em duas fases, com uma sessão cada uma, também para se investigar o efeito da exposição à contingência de punição. O segundo experimento foi realizado com estudantes neozelandeses, com o objetivo de verificar diferenças culturais no comportamento.
Os resultados permitem concluir que houve no primeiro momento redução maior do comportamento indesejável com a magnitude da pena, porém, após contato mais prolongado com a contingência, e melhor discriminação das probabilidades em vigor, pôde-se verificar efeito crescente da probabilidade. Foi verificada igualação para todos os experimentos, com viés dos participantes pela alternativa sem punição. Metodologicamente, houve efeito de ordem das condições apresentadas com recuperação das respostas nos grupos descendentes. Os dados não permitiram avaliar diferenças culturais, embora tenha havido mais semelhança em dados específicos do experimento 2 com a fase 2 do experimento 1.
Palavras-chave: corrupção, igualação, probabilidade de punição, magnitude da punição
Ano de Publicação: 2017
Aluno: Patrícia Luque Carreiro
Orientador: Prof. Dr. Jorge M. Oliveira–Castro
Programa: Doutoramento em Ciências do Comportamento (PPG-CdC)
Universidade: Instituto de Psicologia – Universidade de Brasília (Brasil)
Mais informação: https://repositorio.unb.br/handle/10482/24598